Autor: Mariana Telles D’utra Vaz |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 03/04/2014 |
Resumo
Nossa gestação se deu no Som, mas nascemos com a Luz. O cinema teve sua gestação na Luz, mas nasceu com o Som. (Walter Murch)
A trilha musical, a sonoplastia e os diálogos de uma obra audiovisual constituem o conjunto da trilha sonora e são fundamentais ao audiovisual uma vez que contribuem para o desenvolvimento de sua linguagem, influenciando o modo como percebemos as imagens. O pesquisador Michel Chion (2011) afirma que uma obra audiovisual requisita uma percepção que envolve simultaneamente os sentidos da audição e da visão, a audiovisão. Essa dissertação pretende analisar o peso da trilha sonora na estética fílmica do diretor David Lynch, no recorte do filme Eraserhead (1977), primeiro e também um dos mais importantes longas-metragens de sua carreira. Embora conte com o cenário e a fotografia para fabricar o claustrofóbico universo do filme, é a trilha sonora que arremata sua estética sombria e bizarra. Desse modo, através do conceito de paisagem sonora, do pesquisador canadense Murray Schaffer, analisamos sa atmosfera sonora de Eraserhead contribuiu para reforçar sua estética e, caso positivo, de que maneira o fez. A construção da pesquisa se apoiou, principalmente, nos autores Murray Schafer, Pierre Schaeffer, Rogério Ferraraz, Ney Carrasco, Tony Berchmans, Michel Chion, Rick Altman, Walter Benjamin, Slavoj Zizek e Edgar Morin. Considerando a inventividade e originalidade com que Lynch trabalha a trilha sonora em seus filmes, esperamos que essa dissertação contribua para a discussão das questões referentes ao som e a música no cinema, ampliando a bibliografia do assunto. Palavras-chave: Trilha sonora. Produtos Midiáticos. Paisagem sonora. Comunicação. David Lynch.