Autor: Fernando José Biscalchin |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 12/04/2011 |
Resumo
A dissertação aborda a construção de um roteiro pelo olhar do roteirista. Diferente da grande maioria das obras que tratam do tema – roteiro – os estudos desta dissertação buscam uma compreensão humana do olhar observador do roteirista que encontra na essência do Mundo as principais ferramentas para criar sua narrativa. Ele utiliza-se de uma estrutura criada há mais de um século – no início do cinema hollywoodiano – que foi pensada para servir perfeitamente aos anseios da Indústria Cultural. Mas o roteirista sabe que a mecanicidade da Estrutura Linear Ficcional Clássica não é o suficiente para dialogar universalmente com todos os povos. É necessário ir além, por isso ele funde a estrutura com um Gênero, o melodrama, que continua provando sua eficácia há mais de dois séculos – do teatro francês ao cinema contemporâneo. Porém, essa junção, só encontra a sua força de entreter o espectador e de conectá-lo quando unida a uma característica exclusiva do homem: a emoção, e é por ela que somos capturados para dentro da ficção projetada na telona. As pesquisas têm como base os estudos de teóricos da Escola de Frankfurt, estudiosos sobre roteiros, autores que se aprofundam na compreensão sobre emoção e melodrama. A dissertação prioriza os estudos de uma vertente do melodrama clássico – o melodrama familiar – base para o roteirista hollywoodiano encontrar uma maneira mais forte de ligar emocionalmente o espectador com a “vida fictícia” em sua história. E para dar uma dimensão mais concreta aos estudos de roteiro, analisaremos dois filmes dramáticos dos grandes Estúdios. Assim, o olhar sensível e observador do roteirista, enxerga no homem o que o cotidiano ignorado não nos permite ver. Além da simplicidade do dia a dia, existe a fonte inesgotável de ações humanas, cheias do “algo inexplicável” que nós faz seres humanos.
Palavras-chave: roteiro cinematográfico; cinema; roteirista; emoções; roteiro.