Autora: Maria Carolina Giliolli Goos |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 10/05/2010 |
Resumo
A análise do Jornalismo Cultural (JC) em três jornais brasileiros, Folha de S.Paulo (Caderno Ilustrada), Diário de Pernambuco (Viver) e Zero Hora (Segundo Caderno), publicados nas cidades de São Paulo, Recife e Porto Alegre, tem como foco a busca pela compreensão da realidade do jornalismo cultural, em especial das seções dedicada à dança contemporânea. Indo ao encontro das inquietudes atuais, sobretudo na busca pelo entendimento desse fazer jornalístico, a visão de mundo complexo-compreensiva direciona a pesquisa para um diálogo com as formas plurais dos saberes, contrapondo-se ao modo reducionista de pensar a realidade, que não dá conta das demandas atuais da sociedade e do jornalismo contemporâneo. Buscando auxílio em autores como Cremilda Medina, Edvaldo Pereira Lima, Dimas A. Kunsch, Fritjof Capra, Edgar Morin, entre outros, a pesquisa trabalha com a noção de cultura como “produção de sentidos”, ou seja, um elemento agregador de saberes como salvação, verdade, sabedoria, bem-viver, criatividade, liberdade, incluindo o saber científico, entre outros, como pensa Morin. Em geral, como a pesquisa busca revelar, os produtores dos cadernos de JC têm certa dificuldade em partilhar esse entendimento. Apoiando-se em contribuições teóricas de autores como Helena Katz, Klauss Vianna, Guy Debord, além dos já citados, trabalha-se com a hipótese de que o JC está posicionado como um possível difusor de uma narrativa reducionista e atrelada à incompreensão. Portanto, com o auxílio da teoria complexocompreensiva, busca-se avaliar a possibilidade da existência de espaço para uma narrativa pluralista no JC diário, em especial nas seções dedicadas à dança
contemporânea.
Palavras-chave: Comunicação. Jornalismo Cultural. Pensamento Complexo. Epistemologia da Compreensão. Dança Contemporânea.