Autora: Eliana Natividade Carlos |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 05/03/2015 |
Resumo
A dissertação pretende pesquisar a situação contemporânea do jornalismo praticado pela mídia impressa, através de análise crítica da cobertura jornalística realizada pelo jornal Folha de S. Paulo, sobre as manifestações de junho de 2013. Para enriquecer a reflexão sobre as jornadas da contemporaneidade, que levaram às ruas pessoas distintas, com reivindicações diversas, desenvolveu-se uma breve comparação com a efervescência que ocorreu nas ruas do país durante o período ditatorial, sobretudo após o assassinato do estudante Edson Luís de Lima Souto, em 28 de março de 1968. Faz parte da dissertação também uma comparação entre a cobertura da Folha de S. Paulo e a cobertura feita pela Mídia Ninja, um veículo da mídia alternativa, que utiliza a internet. Para esta comparação, serão levados em consideração os avanços tecnológicos e a espetacularização da sociedade, através da necessidade crescente de imagens que traduzam o mundo. As manifestações no Brasil começaram em junho de 2013 quando o Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas para protestar contra o reajuste de vinte centavos na tarifa do transporte público da cidade de São Paulo, mas teve como marco o dia 13 de junho, através da violência empregada pela Polícia Militar paulistana contra os manifestantes. O trabalho reuniu matérias que abrangem três momentos da cobertura da mídia sobre os episódios: a desaprovação das manifestações; a mudança de discurso da grande imprensa, consequentemente o apoio midiático aos ativistas e a volta ao primeiro estágio de desaprovação das passeatas devido ao vandalismo. Uma série de pensadores, dentre eles Pierre Bourdieu, Max Horkheimer e Theodor Adorno, contribuiu para a discussão proposta. Em destaque, Guy Debord, crítico do espetáculo globalizado que, com o passar do tempo, acentua-se devido às necessidades criadas pelo neoliberalismo. A principal referência na busca de compreender o diálogo proposto pela dissertação, o de conversar com a mídia impressa no que se refere à cobertura dos movimentos sociais tendo como enfoque as jornadas de junho de 2013.
Palavras-chave: Produtos Midiáticos, Sociedade do Espetáculo, Jornalismo, Manifestações Sociais, Ditadura.