Autora: Denise Vilche Sepulveda |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 11/03/2016 |
Resumo
Esta dissertação, inscrita na linha de pesquisa Jornalismo e Entretenimento, busca analisar e
compreender a banalização das imagens violentas no jornalismo contemporâneo, tendo como
exemplo publicações feitas pelos portais UOL e globo.com, dois sites jornalísticos com bastante
visibilidade. O livro “Espreme que sai sangue: um estudo do sensacionalismo na imprensa”, de
Danilo Angrimani, serve de base para traçar um panorama do sensacionalismo na mídia,
principalmente no que se refere ao conteúdo violento exibido pelos meios de comunicação. O
sensacionalismo e a violência têm suas definições realizadas a partir dos estudos feitos pelos
filósofos Michel Foucault e Yves Michaud, no livros “Vigiar e Punir” e “Violência”, sendo também
utilizado o conceito de banalidade do mal, criado pelo teórica política Hannah Arendt. Tendo em
vista os estudos das pesquisadoras Susan Sontag, que defende a publicação sem censura de imagens
de violência como forma de chocar e fazer a população agir e Susie Linfield, que propõe cautela no
conteúdo exibido, já que a eficiência da imagem não pode ser garantida, o presente trabalho busca
analisar se as imagens violentas publicadas nos portais de webjornalismo são de vital importância
para a melhor compreensão da notícia ou se são desnecessárias e gratuitas. Ao analisar os dois
portais, nota-se uma dependência da mídia por imagens, sendo que muitas não acrescentam nada ao
entendimento da reportagem, tornando-se desnecessárias. Além disso, os efeitos da superexposição
à violência nos meios de comunicação também são analisados do ponto de vista da psicologia, que
vem durante anos estudando o impacto da superexposição a esse tipo de notícia, principalmente em
crianças, como mostram os estudos realizados pelo psicólogo e pesquisador Dr. Rowell Huesmann,
a frente de um grupo de estudo sobre o tema na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Palavras-chave: Imagem. Jornalismo. Contemporaneidade. Webjornalismo. Violência.