Dia 14 de março de 2024, aconteceu a aula magna para alunos de Rádio, TV e Internet da Faculdade Cásper Líbero. A proposta da aula era analisar as tendências de consumo do audiovisual e a relevância da televisão aberta. Nessa aula participaram os professores Renato Tavares e Deisy Feitosa, docentes da faculdade, e o convidado, mestre em comunicação, Lauro Teixeira.
O objetivo dessa conversa é ampliar a compreensão sobre as tendências de consumo audiovisual. Além disso, a importância da TV aberta, fornecendo insights sobre as preferências de consumo, a evolução das plataformas de mídia e o impacto na indústria televisiva.
Audiência da TV aberta:
Um dos primeiros pontos abordados pelo palestrante é que houve uma drástica mudança na percepção do público em relação aos conteúdos televisivos.
“Aquilo que dava audiência há 15 anos não necessariamente dá audiência hoje, porque a sociedade se atualiza. Algumas coisas que fazem sentido em uma determinada época não podem nem sequer serem cogitadas em outra.”
As tendências seguem mudando, tanto na televisão aberta quanto em canais pagos. É preciso ter um olhar clínico e acompanhar essas mudanças e, consequentemente, acompanhar a audiência. Só com a análise de público é possível criar uma grade de programação, que envolve além do gerenciamento de conteúdo e vai até a área comercial, explica o convidado:
“A programação é como se fosse o coração do canal, onde o que foi pensado no planejamento fica operacional, a programação que faz essa ‘teia’ de ações com todas as outras áreas internas da emissora.”
Lauro também afirma a importância de outras três áreas: a área de conteúdo, que adequa os conteúdos à grade de programação; a área de programação regional, que dá suporte para as áreas de programação filiadas; e a área “afiliadas”, que cuida da parte administrativa das filiadas.
Mudança na grade de programações:
Durante a conversa, perguntaram para Lauro, diretor de Inteligência de Mercado na Rede Globo, sobre a questão de mudanças na grade e ele responde afirmando que mudanças acontecem o tempo todo.
“A gente tem mais de mil alterações por dia. Porque ao longo do dia a gente vai sentindo que determinado programa precisa ser ajustado.”
Lauro comenta também que os conteúdos têm que ser adaptados dependendo da região. Um exemplo dado foi o fuso horário do Acre em comparação a São Paulo, que possui a diferença de 2 horas. O palestrante afirma que conteúdos gerais como novelas ou finais de programas passam ao mesmo tempo e que informações de interesse de cada estado acabam mudando.
Lauro comenta sobre IAs e tendências de consumo:
Além disso, Lauro comentou sobre como as IAs estão sendo vistas pelas grandes emissoras, se elas seriam vilãs ou aliadas. O especialista afirma que esse vem sendo um assunto bem abordado em todas as áreas da grande mídia:
“Às vezes você tem uma ideia e no desenvolvimento você precisa de um pouquinho de ajuda. Não é a inteligência artificial que determina, são os profissionais.”
Ao final da conversa, Lauro traz uma apresentação mostrando quais são as plataformas e os conteúdos mais consumidos no Brasil. Na TV aberta, a TV Globo é a mais assistida pelos brasileiros e, em plataformas de vídeo, é o YouTube. Realizaram essa pesquisa em fevereiro de 2024. Também afirma que é algo cultural os brasileiros quererem falar das mesmas coisas e acompanhar os mesmos assuntos.
