Autora: Rosane Nazareth Couto Baptista |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 15/09/2016 |
Resumo
Este trabalho procura compreender os caminhos que levam os telejornais de maior audiência da TV aberta do país a optarem por narrativas que tendem ao fortalecimento da lógica do espetáculo. Essa lógica avança sobre o território do jornalismo usando os mesmos artifícios do entretenimento: informalidade, leveza, dramatização, controle da tensão, e tem como resultado a perda de força e de relevância do noticiário. Interessante também é observar como esse movimento se dá de maneira homogênea na produção telejornalística. Entender o que se passa na televisão tem importância significativa pelo fato de ela ainda ser a principal fonte de informação da maioria dos brasileiros e porque vem passando por mudanças na tentativa de conter a queda de audiência. Esta pesquisa persegue a ideia de que o diálogo compreensivo entre autores e teorias é um método frutífero para se chegar a um conhecimento amplo e abrangente, como devem ser os estudos de comunicação. Desta forma, têm papel fundamental na discussão tanto Guy Debord, Adorno e Horkheimer, como Arlindo Machado e outros pesquisadores brasileiros, além do linguista Patrick Charaudeau e o filósofo Douglas Kellner, este último com sua proposta de abordagens multiperpectívicas. A ideia de leveza, que aparece no título do trabalho, se utiliza, em sua expressão, sem se fixar nela, da metáfora de “modernidade líquida”, de Zygmunt Bauman. Os resultados esperados desta pesquisa vão no sentido da confirmação da hipótese de uma maior espetacularização do noticiário, com matérias mais amenas e narrativas dramatizadas que procuram conquistar o telespectador pela cumplicidade baseada na informalidade e na leveza.
Palavras-chave: Telejornalismo. Narrativa jornalística. Homogeneidade. Informalidade e leveza. Espetáculo.