Autor: Jairo Camilo |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 05/10/2009 |
Resumo
O presente estudo analisa a relação entre imprensa e sistema carcerário a partir da cobertura que os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo realizaram dos ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em maio de 2006. Esta pesquisa pretende confirmar a hipótese de que a imprensa apóia um sistema prisional enquanto “empresa de modificação dos indivíduos” (Foucault, 1979), defendendo a manutenção da “ordem” em detrimento dos direitos individuais e o endurecimento das políticas penais, desconsiderando que a criminalidade seja reflexo das injustiças sociais e argumentando que a solução para a crise na segurança depende da retomada do crescimento econômico. Este trabalho se identifica com as pesquisas no campo da comunicação empreendidas no contexto da ação cultural revolucionária (Paulo Freire) e, portanto, propõe que a imprensa se reconheça como instrumento essencial para promover a transformação do processo de desumanização que marca não apenas aqueles cuja humanidade foi roubada, mas também os que a roubaram. Com isso, esta dissertação espera contribuir para o fortalecimento dos ideais do jornalismo voltado para a paz (Dov Shinar) bem como a melhoria das representações da realidade e da consciência crítica, promovendo e encorajando o desenvolvimento das estruturas democráticas, reduzindo as desigualdades e aumentando o respeito social para com os componentes mais fracos da sociedade.
PALAVRAS-CHAVE – Comunicação. Jornalismo. Sistema Carcerário. Direitos Humanos. Violência. Primeiro Comando da Capital (crime organizado).