Depois de dois anos de pesquisa, o dia 25 de setembro chega a Christiano Blota como o fim de um ciclo. O jornalista e aluno da Cásper Líbero defende sua dissertação de Mestrado “O Humor e os Vínculos no Radiojornalismo: O Quadro Buemba!, Buemba!, da Bandnews FM”, orientada pelo Professor José Eugênio de Menezes.

As bancas – sejam de TCC, Mestrado ou Doutorado – sempre trazem uma enorme apreensão. Mas será que elas são mesmo esse bicho de sete-cabeças? Decidimos acompanhar o final dessa trajetória de Christiano para entender melhor esse processo.

Sofrendo por antecedência
Em geral, as ansiedades e os medos chegam antes da apresentação, em vários casos vemos alunos nervosos no intervalo de tempo entre o depósito do trabalho – aquele dia em que entregamos o texto final para que seja enviado aos avaliadores – e o dia da banca pública. Por isso, resolvi conversar com Christiano antes do dia 25. Seu principal sentimento? Não era medo, mas satisfação. “Tenho a sensação de que aproveitei a faculdade ao máximo. Eu me sinto orgulhoso em participar de um grupo de alunos que teve a oportunidade de estudar em um lugar como a Cásper Líbero. A alegria, a satisfação, a gratidão e a emoção proporcionadas são para se lembrar para o resto da vida.”

Isso não quer dizer que não haviam preparativos para o tão esperado dia: para o jornalista, não era algo a ser deixado para última hora. “Foi a continuidade de um processo que começou há dois anos. Eu não conseguiria ter tranquilidade para defender uma dissertação se não tivesse começado com muito afinco esse estudo.”

A hora da verdade
No dia 25, Christiano chegou ao quinto andar uma hora e meia antes de sua defesa. Ajeitou a sala, testou os slides e o som – como seu objeto de estudo era o programa radiofônico Buemba!, Buemba!, fez questão de mostrar trechos para exemplificar suas análises. Depois de tudo pronto, desceu de elevador para um almoço com sua esposa – afirmou que preferia ter esse tempo de paz antes da apresentação.

As bancas de Mestrado são sempre públicas, quem tiver interesse no tema pode chegar para assistir. No caso do Christiano, compareceram colegas de estudo, familiares e amigos. “Estava no meio de pessoas que me davam força e me faziam sentir bem. Isso foi de uma grandeza e de um acolhimento fora do comum, a ponto de eu não me sentir nervoso em nenhum momento.”

Os professores Luís Mauro, José Eugênio e Júlia Lúcia de Oliveira compondo a banca

Ele compartilha que o orientador também foi essencial para essa sensação de cumplicidade e calma. “O Eugênio é muito amoroso, muito sensível. Ele se envolve no estudo do aluno e isso é muito legal. E olhar pra ele, ter a figura de um amigo ali na banca foi muito bom.” As mesas de avaliadores de Mestrado são sempre compostas pelo orientador, um pesquisador da casa e um externo. Neste dia, Luís Mauro Sá Martino e Júlia Lúcia de Oliveira Albano da Silva, professora da UNISA, acompanhavam José Eugenio.

Após os quinze minutos de apresentação, com slides e uma fala tranquila sobre o riso como gerador de vínculos, começaram os comentários dos avaliadores. Júlia Lúcia foi mais detalhista, destacou momentos específicos do texto, variando entre questionamentos pontuais e outros a serem pensados pelo então mestrando dali pra frente, durante a vida. “Eu já tinha visto bancas com a Júlia, então quando ela começou a falar, não me assustei”, conta Christiano.

Luís Mauro, ao seu estilo, uniu senso de humor às análises sobre o trabalho, aproximando os presentes ao tema da pesquisa de Christiano. Ao final, José Eugênio agradeceu as avaliações e os três avaliadores saíram da sala, para decidir a nota (normalmente os avaliadores ficam na sala e os convidados saem). Na volta, o anúncio: Christiano Blota, Mestre, aprovado com nota 10. Dali em diante vieram as comemorações, as fotos e os abraços. Agora só falta aguardar os últimos ajustes para que a pesquisa componha o Banco de Dissertações e fique disponível para todos.

Christiano Blota e convidados após a banca

 

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