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De acordo com o Google Trends, a sigla “ESG” apresentou um aumento de buscas no Brasil ao longo dos últimos 5 anos. Mas você sabe o que essas três letras significam? Em inglês, a sigla representa os termos “Environmental”, “Social” e “Governance”. Traduzindo para o português, a sigla se torna “ASG”, ou seja, “Ambiental”, “Social” e “Governança”.

Dessa forma, o ESG é “um conjunto de fatores e critérios que tornam um investimento mais sustentável no sentido de valorizar questões ambientais, sociais e de governança corporativa”, segundo a Profa. Dra. Natália de Campos Tamura, docente do curso de Relações Públicas da Cásper e consultora especializada em Comunicação para Sustentabilidade/ESG.

“É um tipo de estratégia em que o lucro ainda é o objetivo, ainda que a maneira de o conseguir seja diferente: realoca-se o dinheiro para projetos que objetivam um mundo mais justo e igualitário e que tenha maior responsabilidade no uso de recursos naturais e preservação do meio ambiente, por exemplo.”

Sendo assim, os líderes ESG das organizações trabalham com práticas de sustentabilidade e com seu posicionamento no mercado.

Por que o ESG é importante para uma empresa?

De acordo com Natália, a adoção do ESG pode trazer diversos benefícios para as empresas, tais como:

  • Vantagens competitivas;
  • Melhora de reputação e imagem;
  • Ampliação de diálogo com seus diversos públicos;
  • Maior lucratividade.

“No Brasil e no mundo, investidores têm percebido a importância de fazer investimentos em empresas que não sejam apenas lucrativas, mas que sejam capazes de conduzir seus negócios de forma saudável para seus públicos, para a sociedade e para o meio ambiente. Uma empresa que incorpora no âmago do seu negócio práticas ambientais, sociais e de governança demonstra não apenas maturidade, mas desempenho econômico e financeiro mais competitivos.”

A docente também levanta dados que comprovam a importância e os resultados positivos da adoção do ESG:

  • Em 2020, por exemplo, Fundos ESG cresceram mais que fundos tradicionais na bolsa de Nova York, mesmo durante a pandemia.
  • Desde a sua criação, em 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) entregou uma rentabilidade superior à do Índice Bovespa – enquanto o total da Bolsa cresceu 223%, a carteira ESG subiu 296%.
  • Além disso, nos últimos anos foram criados no Brasil cerca de dez fundos de investimento baseados no conceito de ESG.

“Falamos de um movimento cada vez mais impactante em relação a ganhos mútuos – ganha a empresa que incorpora as premissas ESG, ganham os investidores e ganha a sociedade beneficiada por práticas justas e duradouras”, reforça Natália.

Características de um líder ESG

Natália explica que um líder de setores como Sustentabilidade ou ESG apresenta “visão sistêmica e holística sobre o negócio onde atua”, já que esse é um tema transversal e não apenas uma área, mas sim uma forma de pensar na empresa.

“Esse profissional precisa ter um olhar crítico e analítico sobre cada processo da organização, a fim de apoiar tomadas de decisão com base em dados e no longo prazo. Ótimos profissionais que atuam em ESG também têm alta capacidade de adaptabilidade e flexibilidade, uma vez que questões sociais, ambientais e de governança podem mudar rapidamente.”

Sendo um tema ainda incipiente na educação de novos profissionais, a liderança ESG demanda uma formação multidisciplinar e contínua. Natália também lista algumas tarefas que estão no escopo desse líder:

  • Liderar a implementação de políticas sustentáveis;
  • Criar metas e indicadores de sustentabilidade robustos;
  • Estabelecer redes de apoio para transformações coletivas na cadeia de valor;
  • Incentivar um ambiente de trabalho diverso e inclusivo;
  • Favorecer o uso de leis de incentivo fiscal no apoio ao desenvolvimento de entornos;
  • Acompanhar o ciclo dos produtos e serviços oferecidos pela empresa em que atua, desde a extração dos recursos naturais à sua responsabilidade com os resíduos gerados;
  • Construir e divulgar relatórios e balanços anuais transparentes, didáticos e acessíveis a diversos públicos, bem como verificáveis, a fim de não cair na armadilha do Greenwashing – comunicar práticas sustentáveis que não se comprovam na organização.

Como se tornar um líder ESG?

Como citado, tornar-se um líder ESG exige uma formação multidisciplinar, competências diversas e a identificação com a causa da sustentabilidade.

“Líderes em Sustentabilidade precisam ter uma visão clara e abrangente dos problemas que o mundo enfrenta e o quanto eles se materializam nas ações e práticas da organização que representa, a fim de realmente enxergarem soluções ou minimização de seus impactos na sociedade”, explica Natália.

Na Cásper, o ESG já é assunto das aulas da Pós-Graduação em Comunicação Organizacional. Na disciplina “Governança, Integridade e Sustentabilidade”, os alunos aprendem, entre diversos temas, sobre sustentabilidade e governança ambiental, social e corporativa, bem como a importância da integridade, da ética e do compliance para a governança corporativa ESG.

A Cásper também oferece o curso livre “RSC + ESG = Reputação Elevada / Como investir bem nos mais rentáveis e atuais ativos de marca”. Nele, são apresentados conceitos e práticas da performance de Responsabilidade Social Corporativa como pressupostos de impulsionamento à imagem e reputação de uma organização, alinhadas ao cenário atual do conceito de ESG – Meio Ambiente, Social e Governança.