Autor: Emanuel Novaes Colombari |
Tipo de produção: Produção científica |
Classificação: Dissertação/Tese |
Data: 16/08/2016 |
Resumo
Esta dissertação analisa como se formam os vínculos entre usuários do Twitter e, por consequência, os grupos formados por eles. A ideia foi tentar compreender como as conexões técnicas formadas entre dois ou vários pontos da rede social são capazes de compartilhar afetos também através das máquinas, aproximando ambientes online e offline. Para tal, foi preciso abordar diversas frentes que se complementaram: as teorias de Palo Alto sobre a comunicação orquestral, a história e as funções do Twitter (registradas com base em Nick Bilton, Raquel Recuero e Renata Lemos, entre outros), a formação de vínculos (a partir de nomes como Frans de Waal, Boris Cyrulnik e Harry Pross), a relação do usuário com a máquina (aqui citando Vilém Flusser e Lucia Santaella), a busca por identidade e pertencimento (com Stuart Hall, Elizabeth Noelle-Neumann e Jürgen Habermas, a partir de conceitos como esfera pública e deliberação) e a espetacularização na internet (com referências como Guy Debord e Paula Sibilia). A partir daí, destaca como os tais vínculos permitem redes de contatos e grupos com opiniões homogêneas. Estabelece, ainda, uma relação entre as visões de Debord e Sibilia sobre espetáculo e internet, de forma a analisar uma possível competição entre seguidores por mais seguidores no Twitter. Os diferentes capítulos, redigidos a partir de observações empíricas, mostram como a comunicação orquestral está presente nas redes sociais conectadas (neste caso, o Twitter), mediadas por máquinas que no mesmo tempo que restringem as experiências sensoriais humanas na formação de vínculos também, de alguma forma, facilitam o cultivo dos vínculos no fluxo entre a comunicação presencial e a comunicação pelo Twitter.
Palavras-chave: Comunicação. Vínculos. Twitter. Processos midiáticos. Formação de grupos.