Welington Andrade, professor de Técnica de Redação, falou, entre outras coisas, sobre como Memórias Póstumas de Brás Cubas aborda o desencanto com o mundo por meio de ambiguidades narradas de maneira elegante e comedida. De acordo com Andrade, o autor, Machado de Assis, “é considerado um autor de leitura agradável, que expressa uma filosofia ácida”.

A história é contada com base nas observações de um narrador acerca da desigualdade social vigente no Brasil durante o século XIX. Este narrador, que tem a cultura iluminista como modelo, dá suporte para a ironia característica do texto machadiano.

Temas como a transformação do homem em objeto de outro homem e o apetite por lucro, prestígio e soberania individual também contribuem para que a aparente normalidade dos acontecimentos sociais revele a farsa presente em certo tipo de progresso. “Machado explora os valores da burguesia, como a força do dinheiro e o antagonismo entre vocação e conveniência.”, diz Welington.

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