INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O VESTIBULAR 2024.2 Fechar

DSC_7181

Na manhã do dia 4 de novembro aconteceram as duas primeiras mesas do 12º Fórum de Pesquisa da Faculdade Cásper Líbero. A Profa. Dra. Cilene Victor foi a moderadora da rodada de conversa inicial, nomeada “A liberdade de imprensa nos tribunais e nas redações”. A primeira pesquisa apresentada, “A tesoura do juiz: a censura judicial à imprensa brasileira”, tem como autor o advogado e jornalista Silvio Henrique Barbosa. Doutor em Comunicação pela USP, ele explicou que seu trabalho analisa a forma de censura presente na imprensa brasileira atualmente: a censura judicial. Decidida por juízes, esse tipo de censura diz respeito a pedidos de pessoas que se sentiram afetadas por alguma notícia e pedem pela sua retirada de circulação.

O segundo a expor seu trabalho foi Evandro de Carvalho Lobão, doutor em Educação pela USP. Professor da disciplina Metodologia do Conhecimento Científico na Faculdade Cásper Líbero, Evandro integra também o grupo de pesquisa em Trabalho e Educação da FEA-USP, e é docente-pesquisador do CIP. Sua pesquisa, que tem como título “Jornalismo enquanto política: a defesa da modernização da Alemanha por Karl Marx entre 1842 e 1843”, analisa o jornalismo enquanto pesquisa a época em que Karl Marx escreveu para o jornal Gazeta Renana. Segundo o estudo, a modernização prussiana só seria possível a partir da liberdade de imprensa, quando os problemas dos mais pobres se tornariam um problema da sociedade como um todo.

Para finalizar a primeira mesa, a Profa. Magaly Prado, doutora em Comunicação e Semiótica, apresentou sua pesquisa “Tendências da posição e a atuação dos dirigentes da área editorial de empresas jornalísticas”. Professora na Cásper Líbero, a docente também leciona na PUC-SP e na ESPM, onde dirige um programa de TV. Nos últimos anos, a professora pesquisou sobre a mudança que a tecnologia causa na área editorial, como esses profissionais auxiliam os jornalistas no dia a dia de redação e como muda a administração das empresas jornalísticas. A pesquisa de Magaly apresenta recursos que poderiam ser usados por diversas redações, como a abertura da reunião de pauta para as redes sociais (método adotado pelo New York Times) e uma maior atenção para o hiperlocal (hoje em dia é fácil saber o que está acontecendo no mundo, por isso um foco ao que acontece na rua do seu leitor pode ser um diferencial).

Após o intervalo, o Prof. Dr. Cláudio Novaes Pinto Coelho, docente do PPGCOM da Faculdade Cásper Líbero, deu início à mesa “Viver na cidade: cultura e política na sociedade do espetáculo” com o trabalho de Guilherme Maradei, aluno do 2º ano de jornalismo que apresentou sua pesquisa em Comunicação, Cultura e Espetáculo. Através de publicações do jornal Folha de S. Paulo, o estudo analisou os efeitos da cobertura de duas exposições no Museu da Imagem e do Som (MIS): a do Castelo Rá Tim Bum e a mostra David Bowie Is. Ambos os eventos tiveram muitos visitantes e apareceram diversas vezes no periódico, levando a cidade a vivê-los, com produtos que seguiam os seus temas e forte presença nas redes sociais digitais.

Para fechar o primeiro ciclo de apresentações, o professor do curso de Publicidade e Propaganda Eric de Carvalho, doutorando da ECA-USP,  falou de sua pesquisa “Circuitos de consumo simbólico de uma marca. Estudo de consumo simbólico da marca Red Bull nos circuitos culturais de seus diversos públicos” em que verifica a estratégia usada pela indústria de energético para desvincular sua imagem das festas e da bebida alcoólica. Segundo o estudo, a marca começou a introduzir seu produto em academias e escolas de dança, além de patrocinar diversos eventos esportivos, mostrando o Red Bull como um produto que ajudaria em momentos de cansaço ou que demandariam mais energia.