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Rafael Filippini em workshop na 9ª Semana do Audiovisual | Crédito: Yuri Andreoli

Rafael Filippini em workshop na 9ª Semana do Audiovisual | Crédito: Yuri Andreoli

O Casperiano Rafael Filippini, formado em Rádio e TV em 2012, ministrou os workshops “Como montar seu home-studio de áudio” e “Pro Tools”, que aconteceram durante a 9ª Semana do Audiovisual na Faculdade Cásper Líbero.

Sua trajetória profissional está intimamente ligada ao áudio. Começou como estagiário de sonoplastia na TV Gazeta, trabalhando na pós-produção de áudio de chamadas e vídeos institucionais. Depois de formado, atuou como técnico de áudio em shows e eventos, o que o permitiu ter seu próprio estúdio, Rafael Filippini – Áudio e Produção Musical, no qual desenvolve trabalhos de locução, edição de som e produção musical.

Músico formado pelo Conservatório Souza Lima, técnico de áudio pelo IAV (Instituto de Áudio e Vídeo) e atualmente cursando Música – Composição na UNESP, Rafael entende a importância do som em produções audiovisuais. Confira o depoimento do Casperiano sobre o tema:

Rafael 2“O som no audiovisual é um recurso expressivo, que pode emocionar, informar ou sugerir pensamentos, por meio de suas qualidades acústicas ou pela relação que vier a fazer com as imagens e com o texto. Um ponto de partida é pensar o papel do som na construção de uma cena, de modo que o espectador “embarque” na história e desfrute da ilusão ficcional. Seria como, no exemplo de um filme de faroeste, quando o cowboy adentra ao saloon, ocorresse na cena o alarido de pessoas conversando e rindo, tilintares de copos, arrastar de cadeiras, um pianista tocando ragtime ao fundo do salão e assim por diante, o que irá conferir àquele espaço uma ambientação verossímil.

Outra perspectiva, é pensar o som para além de um ingrediente na construção de um bom espaço cênico, mas como mais uma “via” de comunicação disponível no audiovisual além da imagem e do texto. Considerando que um som qualquer irá apresentar um certo grau de volume, de altura (grave ou agudo) e duração próprios, podemos “emprestar” essas características a algum ente ou situação da história que narramos. Se num desses filmes de ação de disputa de carros velozes, um personagem faz questão de ligar sua máquina em uma demonstração e pisa no acelerador, certamente este som de motor será intenso, grave, encorpado, pujante, pois essas características, presentes no som, são tudo que um motorista valentão quer ter e, pelo contexto, se plasmarão a ele. Um som simples, advindo de um objeto inanimado, pode gerar até mesmo um pensamento traduzível em frase na nossa mente: provavelmente não sentiremos qualquer receio de ouvir uma porta rangendo quando a abrimos, mas, na calada da noite, quando se está sozinho e desprevenido em casa, a mente não escutará simplesmente o abrir da porta, mas o temível receio: “Um invasor entrou aqui?”.

Assim, penso que, ao se estudar Comunicação, para além de um suporte específico como o som, estamos investigando como a inteligência humana interpreta os diversos fenômenos que se apresentam à nossa percepção.”.