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Capa do site Floreios e Borrões, um dos maiores portais de fanfictions brasileiro
Crédito: reprodução

 

 

Com a internet e as ferramentas proporcionadas por ela, este gênero, que surgiu em meados da década de 1960, virou um fenômeno mundial.  Fãs de diferentes livros, seriados, bandas, filmes e animes escrevem dando continuação às histórias que adoram ou criam novos universos com os personagens ou celebridades. “As fanfics são uma homenagem para aquelas histórias que amamos”, declara Letícia. 
O fato de que a história é postada na internet permite todo tipo de interação com os leitores. Existem, é claro, os comentários bons e os ruins: “Flamers são pessoas que postam vários comentários na sua história, mas todos eles são extremamente negativos.”, explica Beatriz Salvador. 
Mas os “fãs dos fãs” são tão comuns quanto. Nicole Bianchini, também aluna de História da USP, admite que as fanfictions foram essenciais para a sua formação. Entre os 14 e 15 anos, a estudante realizou a maior parte de sua produção, que carrega fãs até hoje. “Depois que eu comecei a faculdade – que foi quando eu passei a escrever fanfics cada vez menos – as pessoas começaram a me procurar no meu Tumblr e no meu Twitter, mandando mensagens e falando o quanto sentiam falta das minhas atualizações”.
Assim como ela, a maior parte dos autores deixam, no fim da página de sua fanfic, um espaço aberto para comentários. “Eu tive leitores maravilhosos. Eles ajudaram muito. Tive até leitor de Portugal”, conta Beatriz Salvador. 
A história Garota de Domingo, escrita por Letícia Black acabou se transformando num livro: a estudante de publicidade ganhou de aniversário exemplares de sua fanfiction. “Tenho só mais uns 4 ou 5 aqui em casa, perdidos em algum canto”, conta a autora.
Esta não foi a única fanfic a virar livro: a britânica E.L. James, por exemplo, começou escrevendo fanfics do livro Crepúsculo. Uma delas, a erótica 50 Tons de Cinza, fez tanto sucesso que – após a mudança de nomes dos personagens – foi publicada por diversas editoras ao redor do mundo. Hoje, a fanfiction de James se transformou numa trilogia que tem presença constante na lista dos mais vendidos.
A primeira vez em que leu a fanfiction Ópera, Bia Matera, aluna de Rádio e TV da Faculdade Cásper Líbero, estava no cursinho. “Ficava imaginando um filme na minha cabeça. Pensava no quanto o mundo precisava conhecer essa história”, conta Bia, que logo entrou em contato com Larissa Nicolau, a autora de Ópera.
No ano passado, durante uma conversa, Bia e uma colega de classe, Mariane Pessoni, descobriram o interesse em comum por fanfictions. Foi quando Bia teve a ideia de adaptar Ópera para uma websérie. “É uma série normal, mas postada na internet. A vantagem é que você pode ver onde, quando e quantas vezes você quiser. Geralmente dura de 15 a 20 minutos para ficar mais leve”, explica a estudante.
Após retomar contato com Larissa e receber a aprovação desta, a estudante de Rádio e TV embarcou no processo de produção O projeto foi bem aceito pela Produtora Experimental da Faculdade Cásper Líbero, masas foi ressaltada a necessidade de se obter recursos financeiros. A solução veio em forma de um teaser: uma espécie de trailer que uma vez colocado online, serviria como uma forma de captar recursos para a produção dos episódios da primeira temporada.
A página da websérie Ópera no Facebook já possui mais de 2000 curtidas, a equipe inteira consiste em 13 pessoas, os atores já foram selecionados – foram no casting desde fãs da fanfiction até atores profissionais – e a produção está a procura de locais para as gravações. “Não custa nada, a gente não tem nada a perder”, conclui Bia. 

“Escrevo desde que me entendo por gente. Eu escrevi poemas e pequenos contos. As fanfics só me deram motivo pra aprimorar isso”, afirma Letícia Black, estudante de psicologia de 21 anos. Os 11, ela entrou na internet para procurar spoilers dos próximos filmes de Harry Potter quando se deparou com novas histórias dos personagens. Achando ter encontrado o novo livro da saga, Letícia estava, na verdade, lendo uma fanfiction.

Com a internet e as ferramentas proporcionadas por ela, este gênero, que surgiu em meados da década de 1960, virou um fenômeno mundial.  Fãs de diferentes livros, seriados, bandas, filmes e animes escrevem dando continuação às histórias que adoram ou criam novos universos com os personagens ou celebridades. “As fanfics são uma homenagem para aquelas histórias que amamos”, declara Letícia. 

O fato de que a história é postada na internet permite todo tipo de interação com os leitores. Existem, é claro, os comentários bons e os ruins: “Flamers são pessoas que postam vários comentários na sua história, mas todos eles são extremamente negativos.”, explica Beatriz Salvador. 

Mas os “fãs dos fãs” são tão comuns quanto. Nicole Bianchini, também aluna de História da USP, admite que as fanfictions foram essenciais para a sua formação. Entre os 14 e 15 anos, a estudante realizou a maior parte de sua produção, que carrega fãs até hoje. “Depois que eu comecei a faculdade – que foi quando eu passei a escrever fanfics cada vez menos – as pessoas começaram a me procurar no meu Tumblr e no meu Twitter, mandando mensagens e falando o quanto sentiam falta das minhas atualizações”.

Assim como ela, a maior parte dos autores deixam, no fim da página de sua fanfic, um espaço aberto para comentários. “Eu tive leitores maravilhosos. Eles ajudaram muito. Tive até leitor de Portugal”, conta Beatriz Salvador. 

A história Garota de Domingo, escrita por Letícia Black acabou se transformando num livro: a estudante de publicidade ganhou de aniversário exemplares de sua fanfiction. “Tenho só mais uns 4 ou 5 aqui em casa, perdidos em algum canto”, conta a autora.

Esta não foi a única fanfic a virar livro: a britânica E.L. James, por exemplo, começou escrevendo fanfics do livro Crepúsculo. Uma delas, a erótica 50 Tons de Cinza, fez tanto sucesso que – após a mudança de nomes dos personagens – foi publicada por diversas editoras ao redor do mundo. Hoje, a fanfiction de James se transformou numa trilogia que tem presença constante na lista dos mais vendidos.

A primeira vez em que leu a fanfiction Ópera, Bia Matera, aluna de Rádio e TV da Faculdade Cásper Líbero, estava no cursinho. “Ficava imaginando um filme na minha cabeça. Pensava no quanto o mundo precisava conhecer essa história”, conta Bia, que logo entrou em contato com Larissa Nicolau, a autora de Ópera.

No ano passado, durante uma conversa, Bia e uma colega de classe, Mariane Pessoni, descobriram o interesse em comum por fanfictions. Foi quando Bia teve a ideia de adaptar Ópera para uma websérie. “É uma série normal, mas postada na internet. A vantagem é que você pode ver onde, quando e quantas vezes você quiser. Geralmente dura de 15 a 20 minutos para ficar mais leve”, explica a estudante.

Após retomar contato com Larissa e receber a aprovação desta, a estudante de Rádio e TV embarcou no processo de produção O projeto foi bem aceito pela Produtora Experimental da Faculdade Cásper Líbero, masas foi ressaltada a necessidade de se obter recursos financeiros. A solução veio em forma de um teaser: uma espécie de trailer que uma vez colocado online, serviria como uma forma de captar recursos para a produção dos episódios da primeira temporada.

A página da websérie Ópera no Facebook já possui mais de 2000 curtidas, a equipe inteira consiste em 13 pessoas, os atores já foram selecionados – foram no casting desde fãs da fanfiction até atores profissionais – e a produção está a procura de locais para as gravações. “Não custa nada, a gente não tem nada a perder”, conclui Bia.