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Edição nº 6 – 2016

Rap em tupi guarani e português é arte Brô MC’s. O quarteto é o primeiro grupo de rap indígena do Brasil. Os jovens vivem na região de Bororó, em Dourados. O local é conhecido pelo alto consumo de drogas entre os jovens, o alcoolismo entre os adultos e o índice de suicídio entre os índios da localidade, que extrapolam os dados nacionais.

Situação bem parecida com a vivida pelos índios da reserva do Pico do Jaraguá, em São Paulo, que também enfrentam o uso abusivo de álcool e outras drogas na aldeia. Além disso, em Dourados, os índios sofrem pressão para deixarem as terras, mesmo quando são garantidas por lei, e sofrem com a represálias de posseiros.

No primeiro momento pode-se pensar que a combinação de português com tupi guarani soe estranha. Mas quando Bruno Veron, Kelvin Peixoto, Clemersom Batista e Charlie Peixoto começam a discursar na batida, as línguas se encaixam e esse movimento faz todo o sentindo. A mistura também está nas roupas: as camisetas compridas e calças largas são colocadas com apetrechos indígenas, cocares e pinturas no rosto.

A crítica social e a luta contra o preconceito estão nas letras. O significado da terra para o povo indígena é enaltecido, e quase dá vergonha de não compartilharmos do mesmo entendimento. Para os índios ser e meio-ambiente são inseparáveis, a terra não é suja e nem deve ser motivo de disputas ou sofrimento.

Os Brô MC’s não têm muito a ensinar sobre rap, mas nós temos muito a aprender com o rap feito por eles. Como a essência do movimento essa é uma forma de os índios chamarem a atenção para uma questão que se arrasta há séculos.

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