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Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o fotógrafo e ex-estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero Guilherme Burgos apresentou um fotolivro sobre o Assentamento Baixão, propriedade próxima ao Parque Nacional da Chapada Diamantina e lar de diversas famílias de baixa renda. Com duração de dois anos, o trabalho de Burgos “procurou mostrar que lugar é esse e quem são as pessoas que dormem ao lado do paraíso”.

Nas viagens ao Estado da Bahia, sua terra natal, Burgos mostra a Chapada Diamantina por um ângulo diferente, de dentro. Ele foi até uma comunidade semterra, que, embora sobreviva da agricultura familiar de subsistência, deseja que o turismo funcione na região como fonte de renda promissora. O contraste chama a atenção: a Chapada é um dos principais destinos turísticos na Bahia, mas muitas pessoas ficam à margem dessa atividade; gente que não está nem nas revistas nem nos cartões postais. As imagens mostram essa diversidade, permitindo que as pessoas se vejam e se reconheçam como integrantes daquele patrimônio natural.

Guimarães Rosa escreveu em Grande Sertão: Veredas: “O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas estão sempre mudando”. E o homem
do Baixão segue o ensinamento do escritor-mestre. Transforma-se, entre o chão batido e o céu azulado, em sua busca por uma vida melhor e um espaço para chamar de seu. E a paisagem, estática, revela um cenário sem preconceitos. Simplesmente puro, bruto.

As imagens que compõem este portfólio nos afastam da realidade cotidiana das grandes cidades; expõem as rotinas e o sonho da conquista. Guilherme Burgos, com uma visão apurada, constrói uma obra sem a pretensão do status de “artística” ou algo do gênero. Apenas arquitetou um perfil. Sem palavras, ideias ou frases soltas. Um perfil do ser humano em sua terra – o Assentamento Baixão.

“Com este trabalho, percebi como é delicado tratar da vida de alguém, a pobreza sem ser dramática, a dificuldade a ser vencida, a alegria pela esperança” Guilherme Burgos

 

 

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